sexta-feira, 6 de agosto de 2010

PLANO DE AULA SOBRE VARIAÇÃO DA LINGUAGEM







FILME:OLOBISOMEM E O CORONEL

FICHA COMPLETA

O Lobisomem e o Coronel

GÊNERO: Animação

DIRETOR: Elvis K. Figueiredo e Ítalo Cajueiro

Ano: 2002

DURAÇÃO: 10mm

COR: colorido

BITOLA: 35mm

PAÍS: Brasil

LOCAL DE PRODUÇÃO: DF

O Lobisomem e o Coronel

Era uma vez um maldito

Avarento e orgulhoso

Me refiro a Benedito

Um coronel poderoso

O que ele mais gostava

Era as rezes que criava

Todas de primeira linha

Com os olhos tudo comia

Em nenhum baú cabia

Todo o ouro que ele tinha

No interior da fazenda

Vivia um vaqueiro pobre

Morando numa tapera

Não tinha terra, nem cobre

Ao invés de mulher bela

Possuía uma cadela

Para lhe acompanhar

E a fome como fadiga

Remoendo na barriga

Só pra lhe incomodar

Dos bichos o mais querido

Era a vaca Belezura

Que o coronel Benedito

Lhe tratava com ternura

Cruzando os campos floridos

Esbanjando formosura

E Maria dos Anjos sua filha

A mais bela de toda a região

Tinha os olhos da cor do arco-íris

E a voz da codorna do sertão

O cabelo de deusa, os pés de miss

Como se fosse um anjo que saísse

Do altar divinal da inspiração

João por Belezura tinha muito zelo

Cuidava da vaca como um cão fiel

Porque já sabia que o coronel

Não perdoaria nenhum desmantelo

Dona Preta estava num sono brutal

Quando a lua cheia na noite reinava

Com o uivo assombroso a Preta acordava

E um grande mugido vindo do curral

Da janela viu um grande animal

Com brasa nos olhos faminto a rosnar

Era o lobisomem monstro de azar

Amaldiçoada, cruel criatura

Que naquele instante comeu Belezura

E Dona Preta aflita se pôs a gritar

Dona Preta estava bastante assustada

Muito apavorada com tudo que viu

Com medo danado saiu na carreira

Sem eira nem beira pra o armário fugiu

Com o grito todos saíram

Seguindo o encalço do cão

Com um lampião clareando

Todos de rifle na mão

Depois que nada encontrou

O coronel se irritou

E começou a esbravejar

Como quem perde o juízo

Dizendo esse prejuízo

Alguém vai ter que arcar

Na tarde do outro dia

Não tendo alguém para culpar

O coronel Benedito

Começa deabafar

Nas costas de João Vaqueiro

Bate só para se vingar

O coronel furioso

Se pôs dizendo a gritar

Nós estamos preparados

Se o lobisomem voltar

Com a outra lua cheia

Depois de um mês passado

Os jagunços no curral

Tomando conta do gado

Quando um uivo anunciava

Que o lobisomem chegava

Eles em grande aflição

Pediam força a Jesus

Rezando e beijando a cruz

Com medo da maldição

E todos entricheirados

Começam a se arrepiar

Depois do segundo uivo

Sentiram a alma gelar

Ouvindo um brado assasino

Junto um grito feminino

Vindo da sala de estar

Quando o coronel, naquela tensão

Da voz de Maria o grito escutou

Percebeu que a fera se aproximou

Furtando o tesouro do seu coração

Mas o coronel de rifle na mão

Pede a cabroeira pra casa cercar

E se por ventura o monstro encontrar

Não é pra temer o grande conflito

E sim apontar para o bruto maldito

Puxar o gatilho e a bala cantar

Benedito ao entrar na casa grande

Ouviu gritos dos homens lá de fora

Sons de ossos quebrados e ganidos

E os cabras morrendo sem demora

Escutando o uivar do anticristo

E só o lobo sobrou naquela hora

Benedito assombrou-se, pois sentia

Que era ele o capeta e mais ninguém

Parecendo ansioso como quem

Viu que a morte de perto o perseguia

Na pisada do monstro, o chão rangia

No momento um trovão do céu caiu

Lampião se apagou, fera gruniu

As canelas do velho amoleceram

Quando os olhos de fogo apareceram

A mandíbula mortífera se abriu

Se o final dessa história

Vocês quiserem saber

Pergunte ao cego que a luz

Dos olhos não pode ver

Mas que ouviu da cadela

Numa conversa com ela

Que a tudo pôde ver

Essa é a minha sina

Viver sofrendo na vida

De não ter nenhum dos olhos

Mas ter a língua comprida

Não tenho cobiça nem falo mentira

Só digo a verdade, não sou cego bobo

O homem é do lobo o que o lobo é do homem

É que o homem é do homem o mais terrível lobo

João fez um bucho em Maria

Com nove meses e um dia

Numa noite de luar

Quando a criança nasceu

O sertão estremeceu

Pôs-se o inferno a chorar

Até nos dias de hoje

É possível se avistar

Nas noites de lua cheia

Uma cadela a ladrar

E um cego andando sem guia

Filho de João e Maria

Com o rabo a balançar


Plano de Aula

FILME:

O Lobisomem e o Coronel

Professora: Jô moreira

Disciplina: Português

Conteúdo: variação da lingua

Gênero: Animação

Série: 8ª série

Objetivo:trabalhar a linguagem regional dando ênfase as variações lingísticas.

Construir poesias repentistas com temas corriqueiros do dia a dia usando uma linguagem simples, referente a linguagem dos cordelistas.

Linha de ação:Apresentação do filme, socialização em grupo, pesquisa direcionada, dramatização em dupla,apresentação da feirinha de cordel.

Recursos: Filme, aparelho de DVD, TV,lápis de cor,papel madeira,acessórios em geral(roupas,cenários...)

Avaliação:exposição dos livrinhos de poesias, apresentação das poesias cantadas, declamadas e dramatizações.

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